Odontologia para Gestantes, Puérperas e Neonatos

Odontologia para Gestantes, Puérperas e Neonatos

Pensando na necessidade de informações sobre a saúde bucal deste grupo, a Associação Brasileira de Odontopediatria criou o Departamento de Odontologia para Gestantes, Puérperas e Neonatos.

Coordenado pelos odontopediatras Sandra Echeverria, Gabriel Politano e Flavia Konishi, todos altamente atuantes na área, seja em universidades, consultório, ou ministrando cursos em congressos nacionais e internacionais, o novo departamento visa atuar de forma mais intensa nesse campo da Odontologia.

O odontopediatra Gabriel Politano enfatiza que, para entender a serventia deste departamento para a Odontologia brasileira, é necessário entender o que significa e qual é a relevância da Odontologia para Gestantes, Puérperas e Neonatos. “A importância do atendimento pré-natal tem sido cada vez mais evidenciada por estudos científicos. Além disso, para endossar essa necessidade, guidelines nacionais e internacionais mostram como a visita ao dentista, nesse período, pode contribuir para a qualidade de vida da gestante e para a prevenção de doenças bucais no bebê”.

Quando se trata da própria gestante, o atendimento odontológico preventivo e curativo tem basicamente alguns propósitos:

  • Orientar a gestante quanto às reais alterações bucais decorrentes do período gestacional.
  • Oferecer suporte curativo sempre que necessário.
  • Realizar o tratamento periodontal adequado, de modo a intervir no que se considera um fator associado ao parto prematuro e à pré-eclâmpsia.
  • Melhorar a qualidade de vida da paciente.

E quando se trata dos neonatos? Qual é a importância de uma Odontologia voltada para bebês com até um mês de vida? O odontopediatra Gabriel Politano prefere responder devolvendo a pergunta: “Se nós recebemos frequentemente menores de dois anos de idade com cárie e/ou alterações oclusais, qual seria o momento adequado para a orientação dessa mãe?”; e responde: “Obviamente o quanto antes”. “É claro que crianças com genética favorecida, alimentação adequada, higiene bucal bem realizada e isenta de hábitos deletérios talvez nunca precisem de um dentista. Mas não podemos nivelar as orientações por este grupo de pacientes. Ele é muito específico e não tão comum”, complementa.

Dessa forma, enfatiza a odontopediatra e também coordenadora do projeto, Sandra Echeverria, “o Departamento de Odontologia para Gestantes, Puérperas e Neonatos objetiva estimular a participação dos colegas de profissão, promovendo encontros, debates e análises de sugestões”.

De acordo com Flavia Konishi, uma das pioneiras do assunto no Brasil e no mundo, o preparo dos cirurgiões-dentistas para atenderem ou encaminharem os pacientes citados seja um dos pontos iniciais para o sucesso da especialidade. “A aptidão para o atendimento não é obrigatória, mas acreditamos que ações gerais mais específicas para esse grupo tendem a disseminar o assunto e, portanto, estimular a percepção dos dentistas”.


Da redação

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